domingo, 5 de dezembro de 2010

Noite de um Homem Apaixonado

Estou aqui para colocar mais uma prosa de minha autoria. Dessa vez, eu vos apresento Augusto dos Santos: um rapaz apaixonado. Estou dando início a outra série de textos, mas, desta vez, será com o mesmo personagem, que é um homem apaixonado. Espero que gostem e que comentem. Obrigado

São 3h da manhã e eu estou aqui acordado. Isso tem sido normal nos últimos 13 meses. Eu me apaixonei e não consigo esquecer essa pessoa que agora mora dentro de mim. Não que eu tenha que esquecê-la, muito pelo contrário. Eu simplesmente não estou disposto a isso. Quero apenas viver o que sinto. Estou pensando nela desde a hora em que acordei.

É engraçado. Eu e ela somos próximos, mas só eu é que sinto algo mais do que aquele carinho de amigo que ela sente por mim. Antes que me perguntem, eu já respondo: Sim, eu amo em segredo, e não quero que ela saiba... Não ainda.

Ela é maravilhosa, sabe? É um anjo. Não conheço no mundo inteiro uma pessoa tão extraordinária como ela. Quando a vejo, uma amálgama de sentimentos bons me invade o coração como uma torrente do rio Sena – sim, eu me vejo com ela em Paris caminhando de mãos dadas pela Champs-Elysées –; quando não estou com ela, só faço sonhar e suspirar. Apesar de não estar com ela (não mais do que como um amigo), eu me sinto bem. Ela tem algo que me completa, que me satisfaz só com a sua presença. Cada característica dela me conquista: a beleza, o caráter, as atitudes, o jeito, o cheiro, a voz... Cada detalhe.

Nos meus sonhos à noite, eu vejo a mim e ela nos beijando, apaixonados. Não preciso dizer que acordo feliz. Às vezes, eu tento dormir de novo só para poder continuar a sonhar. Nossa... Como eu a amo! Por que é que a gente não pode gostar só de quem gosta da gente? Não que eu sofra por ela. Eu só queria ser correspondido. Estar apaixonado por uma amiga... que coisa!

Já são 4h15min da manhã e ainda estou aqui, pensando nela. Já ouço alguns passarinhos a cantar. A passarada, inclusive, sabe do que eu sinto por ela. Ou será apenas coincidência de que, toda vez que vejo meu Anjinho, ela canta euforicamente? Ou então, também ao vê-la, o mundo ande mais devagar? Será que a natureza inteira sabe do que eu sinto? O Tempo, o Vento, os Animais... Tudo? Será que todos eles vão conspirar ao meu favor? Se sim, queria pedir um pequeno favor ao tempo: que tu, que és o pai da sabedoria e da verdade, passes mais devagar quando eu estiver com ela, pois sequer te vejo passar quando dela estou perto.

Já vejo o Sol subindo no Leste. É hora de ir dormir. Passei mais uma noite em claro pensando nela, mas quem disse que me sinto mal por isso? Sinto-me bem pensando nela. É como se todos os meus problemas sumissem de uma única vez. Ela é tudo. É o que mais amo na vida, a pessoa com quem quero estar e envelhecer junto. Eu a amo, a amo, a amo. Tudo o que queria dizer para ela é: Eu te amo, meu pequeno anjo. Meu anjinho.


Daniel de Alcaniz

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