quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifesto de um natalense aos manifestantes conterrâneos

É movido pelo sentimento cristão que escrevo. Sentimento cristão e de patriotismo, pela vontade de ver o meu país mudado e ver o meu Estado renovado, de ver Natal em dias melhores, e de ver o meu povo vivendo em condições dignas de uma vida de paz.
Sei que o mundo não é perfeito, e que a utopia que todos temos nunca será realizada enquanto nós, homens, estivermos no poder. Esse dia somente chegará com a vinda de Cristo a Terra para levar os Seus e condenar os ímpios. Os ímpios estão no poder, e não se preocupem, meus compatriotas e contemporâneos: o que é deles está guardado.
Quero, porém, que eles sejam varridos das cadeiras Executivas, Legislativas e Judiciárias; quero, ainda, que nosso país se desenvolva sem corrupção, sem escândalos semanais nos noticiários nacionais, sem a roubalheira costumeira daqueles que dizem representar legitimamente o povo. Não tenho ódio por eles, mas pena. Não sabem que, um dia, serão julgados pelos seus atos, e será pelo julgamento perfeito, e não o falho.
Quero, também, dizer que a luta pelos nossos direitos é um dever para conosco mesmos. Deixar de lutar pelo direito é deixar o interesse público e individual de lado, e, com isso, todos os avanços que a conquista de direitos podem trazer para a vida coletiva. Não podemos jamais esquecer-nos de vigiar as autoridades para que elas continuem nos representando na forma para a qual foram eleitas. É nosso dever como cidadãos natalenses, potiguares e brasileiros.
Nunca é demais lembrar, ainda, que a força do voto trouxe o caos à nossa terra. A primeira vez, em 2008; a segunda, em 2010, e todos nós sabemos do resultado do descaso coletivo nas urnas. Isso não pode se repetir em 2014 nem em 2016. Estejam vigilantes quanto à escolha de candidato. Votar nulo não é forma de protesto. É apenas uma maneira de fugir da sua responsabilidade e dever de cidadão de escolher um candidato. Somos privilegiados pode termos o poder de escolha, e devemos exercê-lo. O fruto da luta de gerações não pode ser jogado fora assim. Votemos, e votemos bem, para que os motivos de nosso protesto não se repitam!
Amigos, amigas, irmãos, irmãs, compatriotas, conterrâneos e todos os outros: o tempo de mudança é esse! Quanta alegria tenho em ver-vos a lutar pelo que é seu! Quanto júbilo haverá em ver a luta se tornar em resultado! Estais a plantar a semente para um futuro melhor agora; os frutos virão mais tarde! As coisas que fazeis, talvez não saibam agora, mas sabereis depois! Os nossos filhos verão os frutos das nossas lutas, e regozijaremos em ver que valeu a pena! Não desistais, que a luta é dura, mas a vitória é certa!
Que Deus vos abençoe e abençoe Natal, o Rio Grande do Norte, e o Brasil!

Natal, Rio Grande do Norte, 20 de junho de 2013

Daniel Augusto de Alcaniz Santos: acadêmico de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte