segunda-feira, 9 de maio de 2011

POEMA DE ESCÁRNIO

E eu, que tinha jurado nunca mais escrever nessa minha vida... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Aqui estou eu de volta e postando um poema que eu escrevi há uns dias.

POEMA DE ESCÁRNIO

Prendeu, machucou, maltratou, marcou.

Fez o que quis. Depois, me diz que tudo acabou.

Amor? Disseste-me que era coisa para tolos.

Enfim, queres ser livre.

Pega a tua liberdade e parta para longe de mim,

Para que eu nunca mais veja o teu rosto sujo,

Para que eu não tenha que sentir mais a tua presença medíocre.


Faça bom proveito da tua alforria que tanto almejavas,

Abre as tuas asas e voe para as terras distantes

Que, outrora, sonhávamos (sonhei) que poderíamos morar.

Fuja para além das montanhas, mas os verdes campos

Não poderás visitar.


Toma bastante cuidado, porém, com o que encontrares pelo caminho:

Folhas, flores, espinhos... toma cuidado.

Pois estarás só e, dentro de tua liberdade, já não cabe mais a mim proteger-te.

Não voltes, porém, se algo te acontecer no meio do caminho

Pois, de mim, só acharás, da boca minha, o silêncio;

No semblante, minha sarcástica felicidade ao ver o teu fracasso;

No olhar, todo o meu escárnio.


Daniel de Alcaniz