sexta-feira, 9 de março de 2012

POEMA DA CHUVA


Céu cinza cobre a luz do sol,
A água cai em tempestade e trovões
Trazendo consigo as lágrimas dos anjos,
Que se compadecem da minha dor.
Em terras distantes, reside a amante
Que ilumina os dias meus.

E a trovoada, som que imita os meus ais noturnos,
Trova em homenagem à solidão do meu ser,
Distante mais de quinhentas léguas do seu ser,
Querendo a sua voz poder ouvir
E tua face poder ver.

Deus, Pai, tem pena de mim,
Este filho teu que se sente assim,
Em meio à água, breu e trovões da poderosa procela,
A bendizer o nome Teu, a esperar, pacientemente, por ela.

(Fiz hoje durante o toró aqui em Natal para uma pessoa muito distante)