Eram flores. Eram rosas.
Vermelhas, brancas e amarelas,
Dançando num campo em aquarela,
Numa dança de paz e ternura.
A ternura deixava as rosas com sono.
Querendo mimir, somente isso buscavam.
E mimindo, mimindo, como criança embalada no colo da mãe,
Lembrava-me do quanto anelava mimá-la e niná-la nesse sonho
doce,
Que, por mais distante que fosse, fazia-me suspirar.
E a moça morena mourisca, com seus cabelos negros da cor da
noite,
Coletava as flores que ali mimiam.
Ao sentir a delicadeza de todas elas, deitou-se e mimiu
entre todas.
Então, deixei de mimar as flores que ali mimiam,
Afaguei os cabelos da bela moça do sorriso mimoso,
Que dizia com sua voz em tom airoso:
Amo-te, Piá. Não há na vida quem como ti me seja tão
zeloso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário