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EU,
POETA
Dá-me a luz no entendimento
Para transcrever os
sentimentos
De uma vida corrida.
Senhoras e senhores,
cantar-vos-ei os amores,
E as perturbações desta lida.
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Na alcova, enclausurado,
Papel e tinta como
companheiros,
A registrar coisas presentes,
Ou amores do passado..
-
Ó companheiros desta sina,
De nosso ente inseparável.
Poetizemos, agora, pois,
O que deu-nos, Deus, por fado!
-
Cantemos à moça bela,
Que desfila pela viela,
As trovas ao luar
Geradas por nossas rimas,
Redondilhas pequeninas,
Ou ao nosso livre-versar!
-
Traduzirei os sentimentos;
Da vida, os lamentos,
Ou, em Ode, as alegrias,
Do viver, que é tão singelo,
Com velha tinta e papel,
Os registros do que anelo!
-
Dá-me, portanto, a luz
Para escrever as coisas belas.
Em pranto ou alegria, vou
vivendo o meu fado,
Ao viver, com a poesia, em
harmonia.
DANIEL
DE ALCANIZ
16
de dezembro de 2014
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