É, galerinha... fazia um tempo que eu não colocava nada aqui. Mas, agora, estou postando algo saindo quentinho do forno. Espero que gostem:
AO VER-TE DE LONGE
Vi-te ao fim duma rua.
Entre mim e ti, um vão de
dúvidas:
Ando? Paro? Meia-volta,
volver?
Sonho com o feliz desfecho das
caminhadas,
E em alcançar o que ao fim da
rua estou a ver.
-
Vejo ao fim da rua a beleza
mais rara;
Pura, verdadeira, doce,
cândida,
Cujo olhar traduz a calma e a
serenidade que tive outrora,
Antes de vê-la ao longe, nesta
rua.
Afinal, que faço eu, se sem
ação estou
Diante dela, cujo olhar me
encantou?
-
Ao fim da rua está ela, cuja
tez é angelical.
Certamente foi Deus quem a
conferiu sorriso tal,
De uma brancura e franqueza
sem igual.
-
Ela, cuja derme exala
caridade,
Separada apenas por esta viela
da cidade
De mim. Eu, que anelo tanto
Levar-te, meu anjo, aos
lugares mais divinos
Que Deus dignou-se a criar.
-
Quero tomar-te pela mão,
Navegar contigo pelo
firmamento;
Conhecer as latinas vinhas,
As vielas alfacinhas, onde o
destino é mais bem cantado,
A morada dos deuses helênicos,
E todo este mundo de Meu Deus.
-
Aproxima-te de mim, meu Anjo,
e
Deixa que me aproxime de ti.
Deixa que te toque e sinta
Toda a Plena Alegria que em ti
reside.
-
Encontremo-nos ao meio desta
rua,
Removamos tudo o que nela há
E vivamos, eu e tu, abençoados
por Deus,
Desfrutando toda a felicidade
que Ele nos dá.
DANIEL DE ALCANIZ
11 de dezembro de 2014
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