E, quando o Pai me permite te ver,
Sempre me pergunto: porquê?
Por que o meu coração ainda quer estar junto ao seu?
Por que meus lábios ainda querem beijar os seus?
Qual o motivo do meu amor ainda estar contigo,
Se, em verdade, não podemos ser mais que amigos?
Sei que os termos que emprego podem ser piegas,
Que as palavras não são as mais lindas deste meu ridículo
repertório,
Mas, ao te ver, meu coração ainda salta para fora da glote,
E vejo que ainda não paguei a minha dívida com o passado;
No cérebro, o coração deu um calote.
O que é isso aqui dentro? Tantas quedas, tantas tentativas
De tirar-te de mim. Você, que me feriu como espinho de
rosa,
E fincou-se neste coração servo do seu carinho e sua
bondade.
Por favor, saia. Não posso mais te ter fixa em mim;
Por favor, saia. Não posso mais me sentir assim.
Daniel de Alcaniz
Forte! Adorei.
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