quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Um campo primaveril

Um campo primaveril,
O sol a raiar e iluminar seu corpo,
Seus cabelos, negros como a noite, balançam formando ondas na brisa da manhã.
Correndo por entre as margaridas, vejo-a a sorrir um sorriso belo.
Marfim nos seus dentes a combinar-se com um riso maravilhoso.


Um campo primaveril.
Ela vem correndo e as margaridas se espalham à sua volta.
A sua pele morena faz um contraste perfeito com as flores.
Nos seus olhos, negros, da cor da hematita, vejo uma alegria constante
E a candura da mais bela imagem que já vi.


Um campo primaveril.
O seu corpo encurvado na cintura dentro de um vestido branco me tenta.
Ela vem em minha direção.
Olho para o chão e pego uma rosa vermelha, a única do campo.
Retiro-lhe os espinhos para que ela possa tocá-la.
Ofereço-lhe a rosa, me aproximo... Ela aceita com um sorriso encantador.
Então digo-lhe a mais bela frase do mundo em seus ouvidos: “Eu te amo.”
Meus braços entrelaçam o seu corpo e nossos rostos se aproximam...
Fechamos lentamente os olhos e beijamo-nos enfim.
Sinto o sabor da cereja em seus lábios.


Beijamo-nos como nunca dois amantes o fizeram.
Os rouxinóis cantaram em júbilo àquela cena.
Senti então o que era a verdadeira felicidade
E tudo de bom que havia de ser sentido...


Um amor correspondido.

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